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ORIGEM DA TERAPIA NEURAL E SUAS ESCOLAS

Atualizado: 4 de abr.

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Neste ano de 2025 a Terapia Neural faz 100 anos! Apesar disso, ainda é pouco conhecida no Brasil, mas bem mais conhecida na Europa. Vários cientistas estudaram o sistema nervoso e os efeitos de anestésicos locais no tratamento de doenças até chegarmos à Terapia Neural segundo Huneke como conhecemos e praticamos atualmente.


Um pouquinho da história:

1884: o fisiologista russo PAVLOV, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 1904, realizou inúmeras experimentações controladas em animais, que resultaram na teoria e enunciação do mecanismo de condicionamento clássico. Seus estudos foram de grande importância para o entendimento da função coordenadora do sistema nervoso em todas as funções orgânicas, a partir do trabalho em cães em que controlava secreção salivar como resposta a diferentes estímulos aplicados.


1886: HEAD, Neurologista inglês, que direcionou seu estudos à fisiologia da dor. Descreveu e deu nome às áreas de Head, que consistem em regiões de pele com alteração de sensibilidade como resultado de um distúrbio visceral. Publicou na Alemanha em 1898 o livro Die Sensibilitatsstorungen der Haut bei Visceralerkrankungen(Distúrbios de sensibilidade da pele em doenças viscerais), mostrando a relação da pele e dos órgãos/estruturas profundas na interpretação das doenças, através da manifestação do sistema nervosa vegetativo. Em 1902 publicou o livro “O efeito curativo dos anestésicos” (Die Heilwirkung der Anaesthetika). Suas observações que feridas e processos inflamatórios tinham mais rápida resolução após aplicação de anestésicos não foram reconhecidas na Alemanha na época, mas influenciaram fortemente a medicina russa, em especial SPERANSKY e WISHCNEWSKY.


1905: o químico alemão EINHORN sintetiza pela primeira vez a procaína (comercialmente chamada de Novocaína) – o primeiro anestésico local sintético injetável usado.


1948: VISCHNEVSKI publica “O bloqueio com novocaína como método para atuar no trofismo dos tecidos” (Der Novocain-block als eine Methode der Einwirkung auf die Gewebetrophik).


1949:  FLECKENSTEIN HARDT publicam “O mecanismo de ação dos anestésicos locais” (Der Wirkungsmechanismus der Lokalanaesthesie).


FINAL DA DÉCADE DE 40: Ana Aslan mudou a forma de encarar o envelhecimento e seus estudos e casos clínicos mostraram o poder rejuvenescedor da procaína.


1950:  KIBLER publica “Terapia segmentar” (Segment-Therapie).


1965: PISCHINGER é o criador do conceito de sistema básico e estudou e descreveu a importância do papel do tecido conjuntivo (ou conectivo) da matriz extracelular que circunda a célula pelo seu papel regulador, muito além de ser somente um tecido de sustentação. Antes de Pischinger, postulava-se que os capilares arteriovenosos terminavam na célula, mas seus achados atribuíram à matriz extracelular as funções vitais básicas de fornecimento de oxigênio, água, eletrólitos e balanço ácido-básico, além da regulação humoral, neural e sistemas de defesa inespecífico. 


Esses conhecimentos constituem uma base fundamental para a compreensão dos fenômenos neuralterapêuticos, a partir do entendimento que o sistema básico desempenha no nosso organismo um papel de sinapse ubiquitária, ou seja, presente em todos os lugares.


ERNEST ADLER, médico e dentista alemão demonstrou as interferências patológicas no sistema nervoso vegetativo causadas por alterações nos dentes e nas amigdalas. Criou o termo e é considerado Pai da Odontologia Neurofocal.


PETER DOSH, médico alemão e aluno de Huneke, publica o “Libro de Enseñanza de la Terapia Neural según Huneke (terapia procaínica)”.


DÉCADA DE 70: GERMÁN DUQUE, médico colombiano, formado na Alemanha e que aprendeu Terapia Neural com Peter Dosh, retorna à Cali e traz seus ensinamentos para a América Latina. Traduziu vários livros de Terapia Neural para o espanhol e começou a disseminar essa terapia para um grande número de profissionais de saúde de diferentes países. Junto com ele,

JULIO CÉSAR PAYÁN, médico, ginecologista-obstetra e ex-professor da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidad del Cauca, foi a Cali para aprender e participar deste trabalho, tornando-se um pioneiro e formador de terapeutas neurais em toda América Latina e Espanha.


PAYÁN trouxe a alma para o tratamento com Terapia Neural focando em traumas emocionais


1992: Terapia Neural foi reconhecida pelo governo colombiano.


2003: a Faculdade de Medicina da Universidade Nacional da Colômbia incorporou o ensino de Terapia Neural como um curso de extensão, e em 2007, como mestrado. Nestes espaços acadêmicos, professores de diferentes disciplinas participam, graças a isso um diálogo de conhecimento foi aberto entre a visão ortodoxa e a visão heterodoxa.


SUAS ESCOLAS:


ALEMÃ (Huneke): Terapia segmentar e campos interferentes

ROMENA: Terapia endovenosa e suplementação

RUSSA: Aspectos neurológicos "Nervismo" associado ao psicossomático (comportamento condicionado)

COLOMBIANA: Medicina integrativa (o ser como um todo)

ESPANHOLA: Influenciada por Payán (Colômbia)

BRASILEIRA: segue a Latina (Colômbia) associada à integrativa moderna, sendo que todas as escolas são consideradas

AMERICANA e CANADENSE: segue Alemã com osteopatia e naturopatia

ARGENTINA: segue toda a escola Alemã e Colombiana com valorização do Sistema Límbico (emoções)

 
 
 

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