PREVENÇÃO DE DOENÇAS E LONGEVIDADE COM PRÁTICAS INTEGRATIVAS
- Cida Anunciação

- 11 de set. de 2024
- 2 min de leitura

A medicina tradicional é uma parte importante e frequentemente subestimada dos serviços de saúde. As plantas medicinais e seus derivados estão entre os principais recursos terapêuticos da Medicina Tradicional e da Medicina Complementar e Alternativa. Um dos marcos históricos importantes sobre a utilização de plantas medicinais no mundo foi a Declaração de Alma Ata em 1978, onde foi reconhecido o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos com finalidade profilática, curativa e paliativa. Desde então a OMS passou a reconhecer as plantas medicinais e a Fitoterapia. No Brasil, a regulamentação do uso de plantas medicinais e da Fitoterapia iniciou-se em 2006 com a aprovação da Política de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), que aborda dentre outras práticas tradicionais a utilização de plantas medicinais e a Fitoterapia. A partir desta legislação e em conformidade com orientações da OMS, também em 2006 foi aprovada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e em 2008 o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
A desvalorização das plantas medicinais desde o início do século XX fez com que se perdesse muito do conhecimento já existente sobre as ervas que podem trazer muitos benefícios à saúde. Este conhecimento está retornando a partir do conhecimento científico pelos estudos etnobotânicos e do resgate das práticas naturais de saúde por profissionais de saúde integrativa, fazendo com que o conhecimento seja aproveitado para prevenção de doenças e promoção da saúde.
As plantas medicinais são ótimas aliadas na busca por uma vida mais longa e saudável, pois algumas plantas possuem propriedades antioxidantes que combatem os radicais livres e retardam o envelhecimento celular. O consumo regular de chá de plantas medicinais, como a camomila e a hortelã, pode ajudar a reduzir o estresse e promover um sono mais tranquilo. Plantas como a cúrcuma e o gengibre possuem propriedades anti-inflamatórias que contribuem para a saúde do coração e das articulações e, essas plantas citadas são apenas alguns exemplos dos poderes terapêuticos encontrados na natureza, pois os recursos são muitos, como auxílio no tratamento de distúrbios do sono, no fortalecimento do sistema imunológico e auxiliar no tratamento de diversas patologias. Além das plantas medicinais há inúmeras práticas integrativas que auxiliam no tratamento de doenças, promovem mais qualidade de vida e bem-estar, contribuem para o rejuvenescimento natural do organismo e retardam o envelhecimento.
É importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso de plantas medicinais, pois algumas podem interagir com medicamentos ou causar reações adversas se não forem utilizadas de forma adequada.
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. (2006). Política Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico. Brasília, DF.
MACIEL, M. A. M.; PINTO, A. C.; VEIGA JUNIOR, V. F. (2002). Plantas medicinais: a necessidade de estudos multidisciplinares. Quim. Nova, v. 25, n. 3, 429-438.
WAGNER, H.; WISENAUER, M. (2006). Fitoterapia: fitofármacos, farmacologia e aplicações clínicas. 2.ed. São Paulo: Pharmabooks.
%20(1).png)



Comentários